top of page
the best of luiz henrique.jpg

Luiz Henrique Rosa nasceu em 25 de novembro de 1938, na cidade de Tubarão, no sul do Estado de Santa Catarina. Seus pais Raulino e Alice Rosa, moravam em Imbituba, cidade que não possuía maternidade, assim tiveram que ir à Tubarão para Luiz nascer. Luiz começou a desenvolver sua habilidade musical tocando instrumentos de percussão, até que aos 18 anos, quando vivia em São José, ganhou um violão de seu pai e não parou mais.

Aos 11 anos foi com a família para Florianópolis, estudou no Colégio Catarinense e no Instituto Estadual de Educação. Luiz sempre dizia que Florianópolis era o seu lugar, e foi o primeiro a se designar "manezinho da ilha" com orgulho. Foi o primeiro manezinho urbano. Até então, a denominação dada aos nativos era considerada pejorativa.  

A Música, desde o início, foi a sua principal forma de expressão. Mas não a única. Luiz Henrique também tinha grande vocação para o desenho.

Aos vinte anos foi avisado pela cantora Neide Maria Rosa que o diretor da Rádio Diário da Manhã queria contratá-lo. Luiz começou a trabalhar na rádio, na época uma das melhores do sul do país, logo após a sua inauguração. Depois de um tempo já tinha seu próprio programa na emissora, onde tocava suas composições e os sucessos da época, como Pat Boone, Nat King Cole, Elvis Presley, Billy Eckstine, entre outros. Seu estilo ritimista já antecipava a "bossa nova", que dava os primeiros passos no Rio de Janeiro com Tom Jobim  e João Gilberto. Antes de compor as estimadas 200 canções, Luiz Henrique também tocou em festas, bares e bailes.

Em 1960 o pianista gaúcho Norberto Baldauf convidou-o a fazer parte do seu conjunto, do qual também fora integrante a consagrada Elis Regina, antes de despontar para o estrelato. Foi em um disco de Norberto que Luiz Henrique teve a primeira música gravada, intitulada: "Se o amor é isso", uma parceria com Claudio Alvim Barbosa (Zininho). 

Em 1961 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se apresentou em diversos nightclubs, no célebre Beco das Garrafas, em Copacabana, e onde também gravou seu primeiro disco. Um compacto com duas músicas: "Garota da rua da praia" e "Se o amor é isso", composições em parceria com Cláudio Alvim Barbosa (Zininho). Em1963 quando  gravou seu primeiro Lp: "A Bossa Moderna de Luiz Henrique, conquistou as paradas de sucesso em todo o país com as canções: "Sambou, sambou", "No balanço do mar" e "Vou andar por aí".

Em 1965 no auge da bossa nova no Brasil, Luiz Henrique parte para os Estados Unidos, na onda dos brasileiros que estavam fazendo a vida por lá. Em Nova York, conviveu com grandes músicos norte-americanos como Stan Getz, Oscar Brown Jr., Billy Butterfield, Bobby Hacket,  entre outros.  E  com  muitos  brasileiros como  Sivuca,  Hermeto  Pascoal, Walter Wanderley, João Gilberto, Airto Moreira. Com estes grandes nomes, Luiz Henrique compôs e gravou muitas músicas, em diversos LPs. Foi também durante este período no exterior que conheceu a atriz e cantora Liza Minelli.  A  forte  amizade  entre  os  dois  trouxe  a  estrela para   Florianópolis  no  carnaval  de  1979,  a convite de Luiz Henrique. O músico permaneceu  nos  EUA  até dezembro  de 1971, quando então voltou à sua amada Ilha.

Em 1976  lançou seu  último  LP: "Mestiço", com faixas gravadas no Rio de Janeiro e em Hollywood.

Em 1979 projetando um novo LP, gravou em Curitiba faixas inéditas e na mesma ocasião concedeu uma entrevista histórica que foi publicada somente 35 anos após a sua gravação. (clique para ver)

Em 9 de julho de 1985, ano em que completaria 25 anos de carreira artística, Luiz Henrique morre aos 46 anos, num brutal acidente automobilístico. 

Em 2003 o músico catarinense Luiz Meira produziu o CD tributo "A Bossa Sempre Nova de Luiz Henrique", com participação de Martinho da Vila, Ivan Lins, Luiz Melodia, Elza Soares, Sandra de Sá, Tony Garrido e Biá Krieger .

No dia 20 de agosto de 2007 foi lançado o documentário "Luiz Henrique no Balanço do Mar" que refaz a trajetória do músico, dirigido por Ieda Beck. (clique para ver).

Contato

Entre em contato.

bottom of page